Ele:
- Espera!
Ela:
- como assim amor?
- não, não... espera.
- amooôr...
- preciso saber de uma coisa antes. Não te incomoda mesmo minha barriga?
- o que? Isso agora?
- tenho que saber!
- não me importo com isso, eu também não sou perfeita, mas você podia ir pra academia, não é mesmo?
- mas eu jogo bola todo sábado com o pessoal do escritório!
- querido... o que você gasta na bola, você ganha no chopp depois do jogo.
- mas eu nem bebo!
- e você acha que não sinto o cheiro quando chega em casa?
- e porque nunca falou nada?
- não me importo com isso, quero que se divirta. Como me divirto com a Aninha.
- como assim?
- quando saio com ela, eu me divirto também.
- você sai beber com a Ana? Aquela Ana loira periguete?
- ai, não fala assim, ela solteira, só isso.
- mas você não! Não da certo sair com mulher solteira, sempre dá errado!
- errado como?
- ela toma umas, você toma umas, ai ela arranja um cara que dá umas nela, e você como fica?
- Rafael. Está todo mundo olhando... (um cutuco no braço)
(cara incrédula) – Xíí... to vendo que tenho chifres...
- não! Claro que não! Ai como você é, enh?! Logo agora vir com esse papo?
- preciso saber se não está comigo por dinheiro... se não “pega” ninguém por fora... tenho essa insegurança.
- querido? Aloooou! Eu ganho mais do que você!
- vai jogar na cara, agora, então?
- não é isso. Só quero dizer que não é por isso.
- então você deve gostar do sexo. (um sorriso largo)
- ah, eu gosto sim, é bom...
- bom? Bom assim bom “dimais”, ou bom faço porque ta lá?
- querido, eu gosto, e ponto. Adoro, ok? Agora vamos continuar.
- entendi... você gosta mas acha “ele” pequeno.
- não! O tamanho é ótimo tá? Quer que eu diga isso pra todo mundo aqui? Eu berro!
- não, não, acredito em você...
- por que é então?
- por que estou com você?
- isso. Por quê?
- porque eu sei o quanto você me ama, ninguém nunca me amou tanto assim, e por isso eu te amo!
- hum... muito mesmo?
(vozinha de bebê) - muito, muito, muito tchutchuco
(voz de bebê, denovo...) - mas eu amo mais e mais, pudinzinhoo
(sons estranhos e “fofos”, como cuti cuti, óin...)
Ela pensa:
“só pensam nisso, dinheiro, sexo e o tamanho do negócio.”
Ele pensa:
“como elas podem ficar feliz com amor? Tem que ter algo mais nisso...”
Uma terceira voz interrompe limpando a garganta:
- HUM, meu filho... é simples. Apenas perguntei se aceita essa mulher como sua legítima esposa!
- ah, sim, aceito sim! =)